
Uma medida que contribui para reduzir o passivo
ambiental no aterro sanitário e as emissões de CO2, o coprocessamento de
resíduos é realidade em indústria cimenteira em Tocantins, em Xambioá. Por meio
da medida, que consiste em substituir parte do combustível fóssil na fabricação de cimento, são aproveitadas moinhas de
carvão de polos siderúrgicos que funcionam em Marabá (PA) e Açailândia (MA),
localidades próximas a Xambioá para escoamento dos resíduos. A fábrica também
coprocessa produtos e resíduos gerados internamente, como Equipamentos
de Proteção Individual (EPIs), embalagens
de produtos químicos,pó de serra usados em limpezas de graxa e óleo e
estopas.
Além da
contribuição ambiental, o coprocessamento tem um papel importante para a saúde,
auxiliando a eliminar focos do mosquito da dengue,
zika e chikungunya. Para contribuir para combater o mosquito, a fábrica de
Xambioá está em fase final de licenciamento para coprocessar pneus picados. A
unidade deve ainda coprocessar Revestimentos
Gastos de Cubas (RGC), materiais gerados pela produção de alumínio que, por
conterem elementos contaminantes podem gerar passivo ambiental se descartados
inadequadamente.
Somente de moinhas de carvão, são coprocessados mais de 5 mil toneladas por mês. O coprocessamento de resíduos é realizado em Xambioá
desde quando a fábrica foi inaugurada em 2010 pela Votorantim Cimentos. A
empresa foi pioneira no País em coprocessamento e utiliza o
processo desde 1991, antecipando-se à regulamentação da atividade (Resolução
CONAMA Nº 264/99). A empresa também cumpre as normas específicas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para a produção de cimentos,
como a NBR 11578 e NBR 5732, o que garante a padronização dos produtos e
qualidade para o consumidor final.
Em todo o Brasil, a Votorantim Cimentos realiza o coprocessamento em 15 unidades, distribuídas em 11
Estados e no Distrito Federal. A empresa possui como meta global utilizar, em
média, 30% de combustíveis não fósseis em suas fábricas até 2020. No Brasil, a
Votorantim Cimentos já alcançou o patamar de 16%, em 2015. Em Xambioá, a
fábrica estabeleceu para 2017 substituir 40% dos combustíveis fósseis por
renováveis, meta que foi superada no mês de abril, quando a unidade obteve o
percentual de 49,1% de substituição.
Segundo o assessor
de Meio Ambiente da Votorantim Cimentos, Ângelo Zerbini, para 2018 o
percentual de substituição poderá ser ainda maior com o coprocessamento de
biomassa. “O projeto envolverá o uso de uma variedade específica de cana de
açúcar para alimentar o forno de cimento. Com isso, esperamos reduzir ainda
mais o consumo de combustível fóssil, chegando bem próximo a uma produção
‘carbono-neutro’, ou seja, utilizando combustíveis renováveis na nossa matriz
energética”, afirmou.
Sobre a Votorantim Cimentos
Presente no negócio de materiais de construção
(cimento, concreto, agregados e argamassas) desde 1933, a Votorantim Cimentos é
uma das maiores empresas globais do setor, com capacidade produtiva de cimento
de 57,6 milhões de toneladas/ano e receita de R$ 12,7 bilhões em 2016. A
Votorantim Cimentos possui unidades estrategicamente localizadas próximas aos
mais importantes mercados consumidores em crescimento e está presente em 13
países, além do Brasil: Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, China, Espanha,
Estados Unidos, Índia, Marrocos, Peru, Tunísia, Turquia e Uruguai.
Comentários
Postar um comentário